5 erros comuns no uso de tubos e canaletas de concreto (e como evitá-los)

Atitudes aparentemente inofensivas podem prejudicar consideravelmente o seu orçamento e os resultados da sua obra

A infraestrutura de drenagem é vital para qualquer projeto, seja ele urbano, rodoviário ou industrial. E, nesse cenário, os tubos e canaletas de concreto são protagonistas, garantindo o escoamento eficiente de águas pluviais, esgoto e efluentes: por serem elementos pré-moldados de alta resistência e durabilidade, eles oferecem a segurança necessária para uma obra de longo prazo.

No entanto, mesmo com a reconhecida qualidade do concreto, a instalação e o manuseio inadequados podem comprometer todo o sistema. 

Para garantir o sucesso e a longevidade da sua obra, listamos a seguir os 5 erros mais frequentes no uso dos tubos e das canaletas em questão e, mais importante, explicamos como você pode evitar cometê-los.

Indo direto ao assunto, portanto, estes são os 5 erros que você precisa conhecer, bem como as devidas formas de evitar cada uma deles:

Um dos erros mais críticos definitivamente é a escolha incorreta da classe de resistência do tubo ou da canaleta de concreto que será utilizado.

De acordo com a Norma 8890, da ABNT, esses produtos são classificados de duas formas:

  • Parede Simples (PS): suportam cargas menores e são usados em locais sem tráfego pesado;
  • Parede Armada (PA): possui armadura interna de aço, suportando cargas maiores, e é obrigatória em áreas de tráfego intenso (rodovias, avenidas, pátios de carga) ou sob aterros elevados.

O erro acontece ao se instalar um tubo PS em uma área que exige um tubo PA, por exemplo, ou vice-versa: esta escolha indevida resulta em quebras e fissuras, por conta da carga a ser suportada, e também em custos desnecessários.

A forma mais inteligente de evitar errar é seguir o projeto rigorosamente, especificamente no que diz respeito à estrutura e à drenagem.

Afinal, é no projeto que estarão as informações sobre a classe de resistência e o diâmetro nominal corretos para cada trecho.

Em caso de dúvida, um engenheiro calculista deve ser consultado para determinar a classe, considerando a altura do aterro e o tipo de tráfego.

Essa base é o fundamento que distribui a carga do tubo de concreto para o solo e, portanto, um assentamento feito incorretamente é nada menos que uma receita para o desastre.

O erro aqui é trabalhar com instaladores que ignoram a compactação correta do solo ou que utilizam material inadequado, resultando em dois grandes problemas:

  • Recalque diferencial: o solo cede em um ponto, deixando o tubo sem apoio uniforme;
  • Concentração de tensão: a carga da superfície se concentra nas laterais do tubo e não é distribuída, provocando rachaduras e quebras.

Para evitar esse erro, a dica é fazer uma valeta (ou trincheira) que tenha fundo estável e uniforme, preparando a camada de assentamento e respectiva superfície devidamente.

Juntas bem vedadas são o que garante a estanqueidade da linha de drenagem e a integridade da estrutura e, portanto, não fazer uma vedação correta é outro imenso erro que precisa ser evitado.

Isso porque em tubos e canaletas de concreto que transportam esgoto ou efluentes (e muitas vezes águas pluviais em áreas críticas), uma junta mal vedada pode resultar em:

  • Infiltração: o efluente vaza para o solo, contaminando-o;
  • Intrusão: a água do lençol freático ou do solo penetra no tubo, o sobrecarregando e/ou reduzindo a capacidade de vazão;
  • Desalinhamento: uma junta sem vedação adequada pode permitir um pequeno movimento que, ao longo do tempo, leva ao desalinhamento.

A solução, nesse caso, é utilizar materiais adequados para obter uma vedação total, como juntas elásticas e argamassa com aditivos impermeabilizantes. 

O manuseio inadequado, por sua vez, desde o pátio de produção até o local de instalação dos tubos e canaletas de concreto é outra causa comum de danos não visíveis.

Afinal, o concreto em si, mesmo sendo robusto, é suscetível a danos por impacto. E os erros, nesse cenário específico, incluem:

  • Rolamento brusco;
  • Içamento incorreto, com cabos de aço sem proteção e concentração de tensão;
  • Estocagem empilhada, em número excessivo ou de forma instável.

Para evitá-los, no canteiro de obras sempre opte pelo armazenamento sobre calços de madeira, em pilhas baixas, e evite qualquer contato direto com o solo ou com outros elementos que possam causar impacto.

Além disso, siga as boas práticas de movimentação, utilizando os equipamentos corretos.

Ou simplesmente escolha um bom fornecedor, como a TCCON, para se certificar de que estará adquirindo tubos e canaletas de concreto que foram movimentados com o devido cuidado no pátio de produção e estocados corretamente até chegar o momento de atenderem à sua demanda. 

Por fim, é importante frisarmos que muitas obras consideram a instalação finalizada após o preenchimento da valeta, mas a etapa de inspeção é crucial.

Sem ela, problemas como desalinhamentos, fissuras causadas durante o assentamento ou falhas na vedação só serão descobertos meses ou anos depois, gerando custos altíssimos de manutenção e retrabalho.

Para não ter que lidar com os problemas em questão, realize inspeções visuais e funcionais, de modo a verificar o alinhamento e a vedação, por exemplo. 

Evitar estes 5 erros mais comuns é fundamental para obter segurança e economia.

Lembre-se:

A qualidade do material, aliada à excelência na execução, é a fórmula para uma infraestrutura durável. E a escolha por produtos de alta qualidade, como os fabricados pela TCCON, garante a conformidade com as normas técnicas e a resistência necessária para o seu projeto.